L'opération de la cataracte de Claude Monet
Correspondance inédite du peintre
et de G.-Clemenceau au docteur Coutela *
par J . R O Y E R , J . H A U T e t P. A M A L R I C **
R é c e m m e n t , a u c o u r s d ' u n e v e n t e p u b l i q u e , la Société f r a n ç a i s e
d ' o p h t a l m o l o g i e s'est p o r t é e a c q u é r e u r d ' u n e n s e m b l e d e l e t t r e s a d r e s s é e s
p a r Claude M o n e t a u d o c t e u r Coutela. C o u v r a n t la p é r i o d e d e 1922 à 1926,
elles c o r r e s p o n d e n t à l ' é p o q u e o ù le p e i n t r e , d e v e n u p r a t i q u e m e n t aveugle,
fut o p é r é d e la c a t a r a c t e p a r l ' o p h t a l m o l o g i s t e p a r i s i e n .
On c o n n a i s s a i t d é j à p a r q u e l q u e s p u b l i c a t i o n s a n t é r i e u r e s , b a s é e s s u r t o u t
s u r des t r a d i t i o n s o r a l e s et q u e l q u e s l e t t r e s d e Georges C l e m e n c e a u , d u
d o c t e u r M a w a s ou des p r o c h e s d e M o n e t , l'évolution d e c e t t e affection
o c u l a i r e et les c o m p l i c a t i o n s q u i é m a i l l è r e n t la p é r i o d e p o s t o p é r a t o i r e m a i s
j a m a i s , j u s q u ' à ce j o u r , n ' a v a i t é t é c o n n u e l'opinion d u p e i n t r e s u r s o n é t a t
visuel.
Ayant a u j o u r d ' h u i la p o s s i b i l i t é d e c o m p a r e r ces é c r i t s avec ceux q u e
n o u s c o n n a i s s i o n s déjà, o n p e u t é t a b l i r u n e é t u d e c h r o n o l o g i q u e e x a c t e d e
la m a l a d i e o c u l a i r e et m i e u x a p p r é c i e r le d r a m e visuel qu'il v é c u t d a n s les
d e r n i è r e s a n n é e s d e sa vie.
C'est d o n c e s s e n t i e l l e m e n t l'analyse d e ces d o c u m e n t s q u i m o t i v e c e t t e
c o m m u n i c a t i o n .
I n s t a l l é définitivement à Giverny e n 1883, c'est d a n s sa m a i s o n e t d e v a n t
s o n j a r d i n a m é n a g é , t r a n s f o r m é et a m é l i o r é p e n d a n t p l u s d e 40 a n s , q u e
M o n e t p l a n t e ses c h e v a l e t s . C'est là, q u ' e n t o u r é d e l'affection d e s a famille
et d e n o m b r e u x a m i s , qu'il va r é a l i s e r son œ u v r e . Certes, p l u s i e u r s voyages
à l ' é t r a n g e r ( L o n d r e s , S t o c k h o l m ) , o u en F r a n c e , é m a i l l e n t p o u r lui c e t t e
* Communication présentée à la séance du 17 mars 1984 de la Société française
d'histoire de la médecine.
** Dr Almaric, 6, rue Saint-Clair, 81000 Albi.
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p é r i o d e , m a i s c'est s u r t o u t l ' é t u d e d e la l u m i è r e p a r les c o u l e u r s , à t r a v e r s
a r b r e s et fleurs d u b o r d des é t a n g s et d e s rivières a v o i s i n a n t la Seine à
Giverny, q u e s'organise l'essentiel de s o n œ u v r e .
O n p e u t a i n s i suivre, a n n é e a p r è s a n n é e , saison a p r è s saison, sa vision
p e r s o n n e l l e d ' u n m o n d e a q u a t i q u e , végétal et a é r i e n , qu'il voit vivre e t se
t r a n s f o r m e r a u t o u r d e lui, d a n s ce j a r d i n qu'il c r é e e t modifie en p e r m a -
n e n c e p a r l ' i n t r o d u c t i o n d e nouvelles e s p è c e s s o i g n e u s e m e n t sélectionnées,
il a n a l y s e v i s u e l l e m e n t le m i r o i t e m e n t t r è s d o u x d e l'air, d e l'eau e t d e s
fleurs.
Le p r e m i e r i n c i d e n t visuel qu'il r e s s e n t se s i t u e en 1900 où, à la s u i t e
d ' u n a c c i d e n t , il p e r d p e n d a n t u n m o i s la v u e d ' u n œil, ce q u i i n t e r r o m p t
p a s s a g è r e m e n t s o n a c t i v i t é .
Mais c'est à p a r t i r d e 1908 q u e M o n e t se p l a i n t s u r t o u t d e la b a i s s e d e
sa vision. U n d i a g n o s t i c d e c a t a r a c t e e s t p o r t é , confirmé q u e l q u e s a n n é e s
p l u s t a r d , en 1912. Mais s u i v a n t les h a b i t u d e s d e l'époque, la c a t a r a c t e
n ' é t a n t p a s assez « m û r e », il n ' e s t p a s q u e s t i o n d ' i n t e r v e n t i o n . Il f a u t
a t t e n d r e d ' ê t r e p r a t i q u e m e n t aveugle p o u r p o u v o i r bénéficier d e la c h i r u r g i e .
C'est d o n c p e n d a n t c e t t e p é r i o d e d e 12 a n s , de 1910 à 1922, q u e l'on p e u t
c o n s i d é r e r q u e le t r o u b l e visuel d u p e i n t r e va s ' a c c r o î t r e et modifier d a n s
ses p e i n t u r e s , à la fois son s e n s des f o r m e s et des c o u l e u r s .
I n s e n s i b l e m e n t , la gêne devient d e p l u s en p l u s vive. Cela n ' e m p ê c h e p a s
M o n e t d e t r a v a i l l e r avec a c h a r n e m e n t s u r les m o t i f s d e s o n j a r d i n d'eau.
La d o n a t i o n à l ' E t a t d e d o u z e g r a n d e s toiles, e n c o u r a g é p a r C l e m e n c e a u ,
lui c a u s e de vifs soucis. Il t e n t e parfois d e résilier le c o n t r a t , ce q u i r e n d
s o n a u t o r i t a i r e a m i p a r t i c u l i è r e m e n t furieux.
1922 e s t à la fois l ' a n n é e o ù est signé à V e r n o n l'acte officiel d e d o n a t i o n
à l ' E t a t des g r a n d s p a n n e a u x et, sa vue d e v e n a n t d e p l u s e n p l u s déficiente,
s u r les conseils d e Clemenceau, il c o n s u l t e l ' a m i d e celui-ci, le d o c t e u r
Coutela. E t c'est là q u e d é b u t e la c o r r e s p o n d a n c e e n t r e les d e u x h o m m e s .
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, le 13 septembre 1922.
Mon cher Docteur,
Je tiens à vous dire, dès aujourd'hui, l'effet produit p a r les gouttes que vous
m'avez ordonnées pour mon œil gauche. C'est tout simplement merveilleux. Je
vois comme je n'ai pas vu depuis bien longtemps, aussi combien j ' a i de regrets
de ne pas vous avoir consulté plus tôt ! Cela m'eût permis de peindre des choses
possibles au lieu de croûtes que je m e suis acharné à faire sans y voir que du
brouillard.
Je vois tout dans mon jardin. Je jouis de tous les tons. Un seul point : c'est
que l'œil droit est encore plus voilé. Puis-je continuer ce traitement afin de faire
ce que j ' a i de plus pressant ? Un mot de réponse m'obligerait.
Croyez, je vous prie, à mes sentiments les meilleurs et reconnaissants.
Claude Monet.
110
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, le 20 octobre 1922.
Mon cher Docteur,
Je crois que le moment approche où je devrais me livrer à vous en toute
confiance, mais non sans inquiétude, je l'avoue. La première opération pourrait
se faire dans la première huitaine de novembre à Giverny, comme vous m e l'avez
promis, et quinze jours après à Paris, pour la deuxième. Je vais très bien grâce
à vos gouttes qui me rendent la vue meilleure, pour ne pas dire bonne. Mais j e
ne vais plus en avoir et j ' a i perdu votre ordonnance et l'adresse du fournisseur.
Je vous serais donc très obligé de m e faire adresser p a r poste une seconde
ampoule, et le plus tôt possible car j e serais désolé d'en manquer, ne fût-ce
qu'un jour.
Merci d'avance et croyez à mes sentiments distingués.
Claude Monet.
A Clemenceau.
Giverny, 9 novembre 1922.
Cher Docteur et Ami,
Je ne puis décidément pas me décider. J'ai trop peur du résultat. Je viens
donc vous prier de dire non à la clinique et d'en informer le docteur Coutela. Si,
ce que je ne crois pas, je m e décidais, ce serait (sic) qu'un peu plus tard.
Je ne sors plus, des cauchemars. Bref, dans u n trop fâcheux état p o u r m e
laisser opérer.
Amitiés.
Claude Monet.
Clemenceau au docteur Charles Coutela.
Paris, 26 février 1923.
Mon cher Confrère,
Je vous remercie cordialement de vos précieuses informations. Avec vous,
j'estime que le moral de notre ami doit être ménagé avant tout, car il pourrait
se raidir contre une seconde intervention ultérieurement à envisager.
C'est avec le plus grand plaisir que je ferai le voyage de Giverny avec vous.
Nous pourrions aller déjeuner là-bas. Le voyage est d'environ deux heures. Dites-
moi si cela vous convient. Les jours m e sont indifférents. Que diriez-vous de
mercredi ?
Bien cordialement.
G. Clemenceau.
•111
P.S. — Monet déjeune à midi tapant.
Au docteur Charles Coutela.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 9 avril 23.
Mon cher Docteur,
Je ne puis malheureusement pas vous donner d'aussi bonnes nouvelles que j e
voudrais. Vous pensez bien que j e comptais les jours qui me rapprochaient de
votre visite du 16 courant et que j ' a i eu une grande déception lorsque le
docteur Rebière m'a annoncé que votre visite était remise au 20 ! J'ai passé p a r
de mauvais jours de douleurs névralgiques ou autres, heureusement calmées et
passées p a r des cachets. Hors cela, j ' y vois de moins en moins, avec ou sans
lunettes noires. La lumière excessive que nous avons me fatigue tellement que je
suis obligé de m e confiner dans la pénombre de la chambre. Aujourd'hui, j'ai
eu de forts élancements dans le centre de l'oeil même, et, de plus, j ' a i tout le
temps la sensation d'avoir de l'eau dans l'œil.
Je suis naturellement vos indications de compresses et les gouttes d'Atropine
2 fois p a r semaine. Je suis patient autant que possible mais, bien que vous sachant
très satisfait de mon état, j e trouve que cela devient p a r trop long. C'est vous
dire que j'aspire à votre visite qui, cette fois, ne sera pas ajournée.
Recevez, cher Docteur, mes meilleurs sentiments.
Claude Monet.
112
Giverny,
Mon cher Docteur,
Monsieur Clemenceau sort d'ici et il m e prie de vous dire que, si vous êtes
disposé à venir me voir ainsi que vous l'avez dit, il compte venir à Giverny
dimanche prochain 18 courant et qu'il serait très heureux de vous amener, mais
il tient à p a r t i r de chez lui à 8 heures du matin, devant aller d'abord à sa pro-
priété de Bernouville. Il me charge donc de bien vous prier de l'avertir de suite
si cette combinaison vous agrée ; vous priant de bien vouloir m'en avertir
également.
Le docteur Rebière est venu ce matin et a pu constater que la guérison se
fait normalement, quoique lentement.
Dans l'espérance de vous voir dimanche, croyez, cher Docteur, à mes senti-
ments les meilleurs.
Claude Monet.
Dimanche 11 m a r s 1923.
Ne pas manquer de donner réponse à M. Clemenceau.
Une lettre dictée à Blanche Hoschedé-Monet ; la signature, la date et la dernière
phrase sont de la main de Claude Monet.
Une lettre dictée à Blanche Hoschedé-Monet, seule la signature est de Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 15 juin 1923.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 18 juin 1923.
Cher Docteur,
Je reçois votre lettre et serai exactement chez vous vendredi à 11 h et demie.
Il m e tarde de vous voir car, depuis ma dernière lettre, m a vue s'est absolument
diminuée aussi bien avec les lunettes pour voir de loin que sans elles.
Je lis certes non sans mal, mais cette diminution de vision dehors n'est pas
sans m'inquiéter. Songez que, dans quelques jours, il y aura six mois de la pre-
mière opération. Ce n'est guère encourageant et je dois vous l'avouer, cette
opération, je la regrette bien.
Malgré cela, mes compliments.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 22 juin 23.
Toutes mes excuses de n'être pas venu au rendez-vous. Je suis absolument
découragé et, bien que j e lise, non sans efforts, de 15 à 20 pages chaque jour,
dehors et de loin, je n'y vois plus rien avec ou sans lunettes. E t depuis deux jours,
les points noirs m'obsèdent.
Songez que voilà six mois de la première opération, cinq que j ' a i quitté la
clinique, et bientôt quatre que je porte les lunettes, ce qui est loin des quatre à
cinq semaines pour m'habituer à m a nouvelle vision ! Six mois que j ' a u r a i s p u
si bien employer, si vous m'aviez dit la vérité. J'aurais pu terminer les Décorations
que je dois livrer ou mois d'avril et que je suis certain maintenant de ne pouvoir
finir comme je le voudrais.
C'est là mon grand chagrin et m e fait regretter cette fatale opération. Par
donnez-moi de vous parler si franchement et laissez-moi vous dire que c'est
criminel de m'avoir mis dans cette situation.
Bien tristement à vous.
Claude Monet.
113
Une lettre dictée à Blanche Hoschedé-Monet, seule la signature est de Claude Monet.
Mon cher Docteur,
Je viens vous prier de m e faire savoir à l'avance quel j o u r et l'heure où il
vous sera possible de me recevoir vers le 20 ou 22 courant.
Je vais bien. Je lis certainement mieux, 15 à 20 pages p a r jour, mais, dehors
et de loin, les lunettes ne m'aident plus comme au début et, sans lunettes, c'est
le brouillard. A part cela, santé parfaite, mais j ' a i besoin de vous voir afin que
vous, vous voyiez ce qu'il en est. J'attends votre autographe et vous envoie mes
meilleurs compliments.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 28 juin 23.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, dimanche soir, 15 juillet 23.
Mon cher Docteur,
Ce mot pour vous rappeler que je compte sur vous mercredi comme convenu.
On ira vous chercher à Vernon au premier train qui arrive à 9 h 20.
Cordialités.
Claude Monet.
Lettre dictée à Blanche Hoschedé-Monet, seule la signature est de Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 27 août 23.
Mon cher Docteur,
Vous pensez si j'attendais anxieusement les lunettes. Je viens de les recevoir
seulement aujourd'hui, mais je suis navré absolument car, malgré toute m a bonne
volonté, je sens que, si je faisais un pas, ce serait pour tomber p a r terre. Que
ce soit avec celles de près ou de loin, tout est déformé, tout se dédouble et devient
intolérable à garder. Persister me paraît dangereux. Que faire ? J'attends avec
impatience votre réponse. Et suis bien malheureux.
Tout à vous.
Claude Monet.
114
Lettre dictée à Blanche Hoschedé-Monet, seule la signature est de Claude Monet.
Mon cher Docteur,
Depuis que je sais la vérité sur mon sort, j'aspire au jour qui m e délivrera
de ce bourrelet fatal et j e n'ai pas besoin de vous dire mes regrets que cela n'ait
pas eu lieu plus tôt. Aussi, j e compte bien sur vous pour le 17, sans faute, vous
priant de vous entendre à l'avance avec le docteur Rebière pour tout ce dont vous
aurez besoin ce jour-là, afin d'éviter tout retard. Tout ceci entendu, j e dois vous
dire que, depuis mon retour, ayant cessé toute fatigue avec les verres, j ' y vois
absolument mieux ; mais nous avons omis de vous demander s'il fallait continuer
ou non les compresses chaudes, non pas que cela me gène en rien, mais pour le
savoir de vous.
Si vous croyez utile de vous entendre avec le docteur Rebière et nous, pour
le j o u r de l'opération, et que vous ayez un jour de libre avant votre départ, il
serait bien à vous de venir nous demander à déjeuner. Vous vojyez que j ' a i
recouvré toute m a raison et ma patience.
Bien cordialement à vous.
Claude Monet.
Lettre dictée à Blanche Hoschedé-Monet, seule la signature est de Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Clemenceau au docteur Ch. Coutela.
Saint-Vincent-sur-Jard, vendredi 29 août 23.
Mon cher Confrère,
Je ne sais comment vous remercier de la peine que vous avez prise de rédiger
une si longue et si précise consultation. Je n'osais l'espérer si satisfaisante. Il ne
nous reste plus qu'à conduire notre malade jusqu'à l'accoutumance. Et puis, vers
la mi-octobre, si vous le voulez bien, nous causerons d'un accord éventuel des
deux yeux.
Amitiés cordiales.
G. Clemenceau.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 2 7bre 23.
Mon cher Docteur,
Comme vous le pensez, j'aspire à vous voir le plus tôt qu'il vous sera possible
et cela à Giverny, afin de vous rendre compte sur place, devant mes tableaux et
devant la nature, de l'effet des verres que vous m'avez ordonnés et que je
suppose peut-être un peu forts, surtout ceux pour voir de loin, dont je ne peux
absolument pas me servir.
De près, c'est merveilleux, mais cela ne me suffit pas. Je lis couramment, mais
sans les gouttes pour l'œil gauche, il me serait impossible de me diriger et de
circuler. Je vous demande donc de venir m e voir, déjeuner si cela vous est
possible, ce qui serait le mieux. Indiquez-moi le j o u r le plus proche, on irait
115
Giverny, 29 août 23.
Mon cher Docteur,
Rassurez-vous, au reçu de votre dépêche, j ' a i repris les lunettes et, m a foi, j ' a i
pu lire un peu d'abord et pas mal ensuite, avec un peu de fatigue naturellement.
Déformation comme avant, mais subie courageusement. Grande difficulté pour me
diriger avec. Aujourd'hui, j ' a i renouvelé les mêmes exercices un peu plus long-
temps, mais comme je ne puis m e t t r e mes lunettes dès le réveil, il arrive que je
n'y vois pas assez pour me lever et faire le nécessaire. J'ai donc eu recours à
l'euphtalmine dès 6 heures du matin, afin de m'occuper de ce que j ' a i à faire
jusqu'à dix où je recommence mes exercices. Je dois vous dire que, pour unifier
la vision, j ' a i collé un papier sur le verre de l'œil gauche.
Je voudrais savoir de vous si vous m'autorisez à continuer l'euphtalmine le
matin jusqu'à ce que sois accoutumé aux verres. Je n e crois p a s utile d'aller vous
voir le 4. Je crois que le mieux serait de vous voir quelques jours plus tard.
Bien cordialement à vous.
Claude Monet.
Lettre dictée à Blanche Hoschedé-Monet, seule la signature est de Claude Monet.
vous chercher, soit à Bonnic es, soit à Mantes, selon votre commodité, et on vous
reconduira de même. Un moi, je vous prie, aussitôt que possible, me fixant jour,
date et heure ainsi que la station où on devrait aller vous chercher.
Claude Monet.
Lettre dictée à Blanche Hoschedé-Monct, seule la signature est de Claude Monet.
Clemenceau au docteur Ch. Coutela.
St-Vincent, 8 sept. 23.
Cher Confrère,
J e ne saurais trop vous remercier de votre bonne correspondance. Monet, de
sa propre main, m'a écrit des choses raisonnables. Il me semble que c'est pour
nous deux le moment de causer.
Ses projets sont de faire, cet hiver, quelques rectifications à deux de ses
panneaux, et cela, en effet, aurait des avantages. Plus tard, il faut qu'il ait bon
pied, bon œil au mois d'avril p o u r son inauguration. Alors je m e permets de
vous poser les questions suivantes :
1° Avec le rétablissement espéré d'un seul œil, Monet pourra-t-il faire lui-même
sa palette ? Voilà le problème le plus urgent.
2° S'il le peut, l'opération du second œil serait ajournée. Qu'en dites-vous ?
3° S'il ne peut pas, quand le saura-t-on ? Et sera-t-il temps alors de procéder à
la nouvelle opération — supposé qu'il y consente ?
4" Du point de vue psychologique, il a subi un entraînement qui le disposera à
donner son assentiment.
5° Pour cette raison, j'inclinerai à procéder le plus tôt possible, dans u n mois p a r
exemple. Mais la première loi est nécessairement de se conformer à votre avis.
Donc, vous avez la parole. Je vous demande seulement d'en user entre nous,
comme si la psychologie du malade était hors de cause.
6° En ce cas, ii ferait ses corrections de panneaux au mois de mars, ce qui serait
tout aussi bien.
R.S.V.P. Toutes amitiés.
G. Clemenceau^
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 14 septembre 23.
Mon cher Docteur,
Ce mot afin qu'en arrivant vous ayez des nouvelles. Elles sont de plus en plus
parfaites au point de vue lecture et écriture. Le blanc et le noir, c'est parfait,
mais il n'en est pas de même pour les couleurs et les formes, et cela, bien que
j e garde presque tout le temps mes lunettes.
116
Je ne vous parle pas des verres teintés. Transformer des couleurs à d'autres
n'est pas un résultat. Alors, je persiste à voir jaune ce qui est vert et le reste
plus ou moins bleu ; cela n'est pas drôle et j'attends ce que vous allez en augurer.
En hâte, attendons des visites.
Je vous envoie une cordiale poignée de main.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 13 octobre 23.
Mon cher Docteur,
D'abord, tous mes remerciements pour l'appui que vous avez bien voulu
donner au jeune Rouart. Ensuite, je dois vous avouer que je n'ai pas pu encore
me livrer aux exercices de peinture, parce que je suis en ce moment très occupé
avec mes jardiniers pour des préparations très importantes. Enfin, je suis très
heureux de vous informer que je suis tout à fait surpris des progrès de m a vue
au point de vue des couleurs, non à la lumière du jour, mais le soir à la lumière
artificielle. J'y vois comme jadis, cela me fait espérer une amélioration de jour.
J'attends toujours les lunettes en question qui peut-être arriveront lorsqu'elles
seront inutiles. Une chose m'étonne un peu, depuis plusieurs jours, j ' a i p a r ins-
tants de petites douleurs et élancements (passagers du reste) dans l'œil opéré,
comme un travail qui se fait. J'ai tenu à ce que vous le sachiez.
Mes meilleurs compliments.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 21 octobre 23.
Mon cher Docteur,
Voilà les nouvelles que je peux vous donner :
1° J'ai reçu les lunettes d'Allemagne et à mon grand étonnement, les résultats
en sont très bons. Je revois le vert, le rouge et enfin le bleu atténué. Ce qui serait
parfait, si la monture était meilleure, le rapprochement des deux verres étant
trop proche.
2° J'ai eu la visite du Tigre qui voudrait bien se rencontrer ici avec vous pour
déjeuner et surtout pour causer de l'avenir. Moi aussi. Il me prie de vous
demander quel jour vous conviendrait afin que je l'en prévienne. Il doit s'absenter,
mais serait à Givernjy le jour choisi p a r vous et il m'a prié de vous dire qu'il
vous ramènerait à Paris dans son auto.
Donc, un mot de réponse à ce sujet. Naturellement, je vous ferai chercher soit
à Mantes, soit à Vernon, au train que vous me direz.
Croyez-moi bien amicalement vôtre.
117
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 12 décembre 23.
Cher Docteur,
Je redoute une interruption d'un jour de travail. Cela peut être néfaste pour
moi. Alors j'ai pensé que, peut-être, mon cher Clemenceau voudrait bien vous
amener pour déjeuner, soit dimanche prochain ou u n jour à votre convenance.
Ce serait me rendre un grand service, parce que je pourrais travailler toute la
matinée.
En hâte, amitiés.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 18 janvier 24.
Mon cher Docteur,
Je veux toujours vous écrire, et puis les jours passent, surmené que j e suis
p a r le travail, très pénible avec m a pauvre vue, ce qui me fatigue beaucoup, si
bien que je vois de moins en moins.
118
Giverny, samedi 10 9bre 23.
Mon cher Docteur,
Un mot pour vous donner de mes nouvelles qui sont bonnes. Je travaille avec
acharnement, non sans peine cependant. Vous serez bien aimable de m e dire,
lorsque vous le jugerez, quand il sera utile de vous revoir pour les changements
de verres, s'il y a lieu. Je ne vous écris pas moi-même pour réserver toutes les
forces de ma vision pour mon travail.
Toutes mes amitiés. Votre très reconnaissant
Claude Monet.
Lettre dictée à Blanche Hoschedé-Monet, seuls Votre très reconnaissant et la
signature sont de la main de Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 7 décembre 23.
Mon cher Docteur,
Vous serez bien aimable de me faire savoir quel jour vous pourrez me recevoir
vers 11 h du matin, afin que vous jugiez si vous pouvez m e changer de verres.
Si cependant vous n'en voyiez pas l'utilité pour le moment, j'aimerais mieux ne
pas me déranger, étant très pris p a r mes travaux et, cependant, une amélioration
de m a vision, si petite soit-elle, me rendrait bien service.
Jugez vous-même ce qui vous semble mieux. J'attends votre réponse.
Bien amicalement à vous.
Claude Monet.
J'ai reçu les nouvelles lunettes. Elles sont très (sic) et bien qu'avec elles j ' y
voie u n peu moins, ce m'est un soulagement comme poids. Je les mets le plus
que je peux en dehors du travail. Cela dit, je vous serais très obligé de m'envoyer
le compte de vos honoraires pour le premier œil. J'y tiens absolument. J'espère
que vous êtes tout à fait remis de votre accident. Clemenceau est parti en Vendée.
Il a eu des dégâts chez lui p a r le raz-de-marée.
Croyez à mes meilleurs sentiments.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 29 janvier 24.
Mon cher Docteur,
Ci-joint, je vous adresse un chèque de 10 000 francs sur la Société Générale.
Il ne me reste plus qu'à vous remercier de vos bons soins d'avoir supporté mes
accès de nervosité. J'espère que, pour l'autre œil, il n'en sera pas de même (de
ma part, du moins) au cas où l'opération deviendrait nécessaire. Je vous demande
seulement de ne pas oublier le chemin de Giverny et de venir nous demander à
déjeuner dès les beaux jours.
Croyez, mon cher Docteur, à toute ma reconnaissance et à mes sentiments
les meilleurs.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 9 avril 24.
Mon cher Docteur,
Si vous n'avez pas encore les nouvelles promises, c'est volontairement, ne
voulant pas vous dire tout mon découragement. Depuis des mois, j e travaille
avec acharnement, sans arriver à rien de bon. Je détruis tout ce qui est passable.
Est-ce l'âge ? Est-ce la vision défectueuse"? L'un et l'autre certainement, mais
surtout la vision. Vous m'avez rendu la vue du noir sur blanc, soit lire et écrire,
et cela je ne saurais vous en être assez reconnaissant, mais la vision du peintre,
que je sois Bernique, elle est bien perdue, comme j ' e n étais certain, et vous n'y
êtes pour rien.
Je vous dis cela confidentiellement. Je le cache autant que possible, mais je
suis terriblement attristé et découragé. La vie est pour moi une torture. Je ne
sais que vous dire. Vous savez combien je suis entouré de soins et d'affection.
Est-ce fatigue ou non, mais en dehors de la vue de près, j ' y vois certainement
de moins en moins. Seules les premières lunettes m'enchantent à la lumière
artificielle et, chose singulière, je les ai reprises accidentellement en plein jour
et je n'ai pas constaté cette vision de bleus et de jaunes qui vous a décidé pour
les verres teintés. Alors que faire et qu'espérer ; à vous de le dire.
Toutes mes amitiés reconnaissantes et le souvenir de ma belle-fille.
119
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Au docteur Charles Coutela.
Mon cher Docteur,
Maintenant que vous voilà revenu, je vais vous dire tout ce qui m'arrive et
d'abord j ' a i renoncé pour le moment à reprendre vos premiers verres (si bons à
la lumière artificielle). Mais il y a tant de mois. Chaque fois que je change de
lunettes, il me semble que je vois mieux et malheureusement cela ne dure pas
et j ' e n suis fort malheureux constatant qu'aucun n'est bon. C'est toujours l'exalta-
tion du bleu et du jaune. Clemenceau a beau dire que mes dernières choses sont
des chefs-d'œuvre, il se trompe ou c'est moi. C'est terrible et j ' a i besoin de vous
voir, bien que persuadé que vous n'y pouvez rien. Une seule chose me semble
possible, ce serait d'essayer des verres teintés plus légèrement que ceux que j ' a i .
Voulez-vous et pouvez-vous venir jusqu'ici avec des verres et voir sur place ce
que l'on peut tenter ?
Choisissez votre jour, il sera le mien. Prenez le train pour Mantes où j e vous
ferai chercher. Nous déjeunerons et l'on vous reconduira à Mantes.
Toutes mes amitiés.
Claude Monet.
Suit un mot de Blanche Hoschedé-Monet :
« Cher Docteur,
Monsieur Monet a oublié de vous dire que notre provision d'Euphtalmine
touche à sa fin. Il trouve que cette nouvelle formule lui fait de l'effet moins
promptement. Il me prie donc de vous dire d'en apporter si vous pouvez, cela
lui fera plaisir. Ne vous tourmentez pas, car je crois le résultat meilleur qu'il ne
veut le constater.
Mille amitiés.
120
Giverny, 12 avril 24.
Cher Docteur,
Merci de votre bonne lettre. Merci de vous être dérangé pour avoir de mes
nouvelles p a r mon bon Clemenceau qui, me dites-vous, vous a complètement
rassuré sur mon état. Mais laissez-moi vous dire que, si je fais des chefs-d'œuvre,
c'est lui qui le dit, et là nous ne sommes plus d'accord. Cela dit, je vous annonce
que je quitte décidément les verres teintés et ne me sers pour peindre et circuler
que des premières lunettes que vous m'aviez ordonnées et avec lesquelles je
voyais si mal. Je viens donc vous prier de ne pas manquer de m'envoyer l'ordon-
nance de ces premiers verres (si vous en avez pris note) et me fixant également
le numéro des verres teintés. J e ne sais pas si c'est très clair ce que je vous dis
et que vous comprendrez tout de même. Ce que je vous demande c'est de ne pas
partir sans me répondre et, à votre retour, nous nous verrons.
Bien amicalement à vous.
Claude Monet.
B. Monet. »
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 7 juillet 24.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 11 août 24.
Cher Docteur,
Deux mots pour vous donner de mes nouvelles, assez bonnes du reste, puisque
je continue à travailler avec ardeur, malgré u n temps bien désagréable. Les verres
que m'a donnés le docteur Mawas me font certainement mieux voir, c'est u n
résultat, et il me tarde de vous savoir de retour pour vous demander de venir
avec lui à Giverny.
Merci de penser à m'envoyer votre bon souvenir p a r vos cartes postales, et
croyez à mon amitié reconnaissante.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Cher Docteur et Ami,
Je ne vous cache pas que je suis peiné que vous ne me donniez plus signe
de vie, ne pouvant croire que vous me gardiez rancune d'avoir été obligé de
recevoir Monsieur Mawas. Je vous dois trop pour croire cela.
Si je ne vous ai pas écrit depuis m a dernière lettre, c'est que j'attendais
toujours u n signe du docteur Mawas, mais je suis tout à fait abandonné p a r vous
et p a r lui ! et n'entends plus parler de mon ami Barbier.
Vous dire que je vais mieux, ce serait trop. Il y a eu une amélioration, mais
cela ne dure pas et j e suis pris p a r u n complet découragement. Cela est pour vous
dire combien je serais heureux de vous voir.
Bien amicalement à vous.
121
Claude Monet.
Mon cher Docteur et Ami,
Vous avez eu la bonne pensée d'écrire à ma belle-fille pour lui demander de
mes nouvelles et savoir ce que je devenais. Voici. Dans ma dernière lettre, je
vous annonçais que je m'étais mis au travail (d'après nature) et je continue avev
ardeur, mais non sans difficultés. Les derniers verres non teintés que vous m'avez
donnés, n'ont pas donné de bons résultats et j ' a i dû y renoncer.
Sur ces entrefaites, je dois vous le dire, mon ami Barbier a fait la connais-
sance du docteur Mawas qui, paraît-il, s'occupe spécialement d'optique et serait
le seul à pouvoir répondre au formulaire de la maison Zeiss. Lequel docteur,
qui entre parenthèses est votre ami, a offert de venir jusqu'ici afin de prendre
toutes les mesures nécessaires pour avoir ces verres merveilleux. Vous voilà au
courant, je voulais toujours vous écrire, mais le travail m'absorbe.
Voilà le moment des vacances, je voudrais bien que vous ne preniez pas
votre vol sans venir me voir, et puis, je voudrais savoir de vous ce que vous
pensez du docteur Mawas. Un mot m'annonçant votre venue p o u r déjeuner.
Toutes mes amitiés.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Au docteur J. Mawas.
Giverny, 8 décembre 24.
Cher Docteur,
J'ai bien reçu les deux lunettes de chez Meyrowitz : la première, verre blanc,
qui me donne plus de satisfaction que celle légèrement teintée.
J'ai attendu quelques jours avant de vous répondre, car il faut toujours
s'habituer aux nouveaux verres.
En somme je suis très content du verre blanc. Je vois beaucoup mieux les
colorations et puis travailler avec plus de sécurité.
Un seul point, c'est qu'avec les nouveaux verres, aussi bien le blanc que le
teinté, c'est si j ' y vois mieux à 10-15 ou 50 mètres, j ' y vois nettement à 5 ou
6 mètres. Mais c'est peut-être affaire d'habitude. Bref, je suis content, heureux
de vous le faire savoir et de vous en remercier, bien, bien vivement.
Croyez, cher Docteur, à mes meilleurs sentiments.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 16 janvier 25.
Cher Docteur et Ami,
Je suis bien en retard pour vous remercier de vos bons souhaits auxquels je
suis très sensible. Le travail acharné qui m'obsède, sans les résultats que j e
voudrais, en est la seule cause.
Toujours bonne santé, meilleure vision, c'est cela qui vous fera le plus plaisir.
Avec tous mes souhaits et mon amitié reconnaissante.
122
Votre Claude Monet.
Giverny, 14 octobre 24.
Cher Docteur et Ami,
Merci de votre bonne lettre qui m'a fait grand plaisir. Je ne puis m'absenter
en ce moment, pris p a r le travail qui devient de plus en plus pressant mais, dès
que je le pourrai, je vous préviendrai.
Le docteur Mawas doit revenir me prendre mesure pour les fameux verres,
mais je ne sais quand. Excusez ce barbouillage et croyez à mes meilleurs
sentiments.
Claude Monet.
Au docteur J. Mawas.
Giverny, 25 m a r s 25.
Cher Docteur,
Je suis bien (en) retard pour vous donner de mes nouvelles et le résultat des
nouveaux verres. Mais ils me sont parvenus dans u n très mauvais moment, très
découragé et ne croyant plus à de meilleurs résultats, si bien que j e n'ai pas
persisté à l'usage de ces lunettes auxquelles je me croyais peut-être habitué, mais
qui m'ont absolument troublé — vision trouble, les moindres tons séparés et
outrés.
Dès que j e serai dans de meilleures dispositions, je tenterai de m'y faire, bien
que je sois plus que jamais certain que la vue d'un peintre ne peut être
retrouvée. Quand un chanteur a perdu sa voix, il se retire. Le peintre opéré de
la cataracte doit renoncer à peindre : et c'est ce que je n'ai pas su faire.
Excusez m a franchise et croyez à mes sentiments les plus reconnaissants.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 27 juillet 25.
Mon cher Docteur,
C'est moi qui vous réponds, votre lettre nous ayant touchés autant l'un que
l'autre, et je tiens à vous remercier de votre souvenir. Je suis du reste très
heureux d'apprendre qu'enfin j'ai retrouvé ma vraie vision et cela presque d'un
seul coup. Bref, je revis et suis dans la joie de tout revoir et j e travaille avec
ardeur.
Votre reconnaissant et fidèle opéré.
Claude Monet.
Au docteur Charles Coutela.
Giverny, 4 janvier 26.
Cher Docteur et Ami,
Je vous remercie de vos bons souhaits, très touché que vous ne m'oubliez pas ;
moi non plus, quoique vous m'ayez fait souffrir, ce qui n'est rien puisque j ' a i
retrouvé la vue et cela ne s'oublie pas. J'espère qu'aux beaux jours, vous me
ferez le grand plaisir de venir à Giverny déjeuner.
Mes amitiés et meilleurs souhaits.
Claude Monet.
La Société f r a n ç a i s e d ' o p h t a l m o l o g i e a t e n u à se p o r t e r a c q u é r e u r d e ces
l e t t r e s c a r elles r e p r é s e n t e n t p o u r n o t r e spécialité des d o c u m e n t s inesti-
m a b l e s . P a r l e u r c a r a c t è r e inédit, e n effet, elles c o m p l è t e n t t o u t e s les publi-
c a t i o n s q u i j u s q u ' à ce j o u r o n t é t é c o n s a c r é e s à l ' é t u d e d e la vision d e
C l a u d e M o n e t .
123
O n savait, c e r t e s , q u e le p e i n t r e avait é p r o u v é à la fin de sa vie d e t r è s
g r a n d e s difficultés e t l ' i n q u i é t u d e d e devenir aveugle l'avait b e a u c o u p
m a r q u é . Ce q u e l'on c o n n a i s s a i t aussi, c'était les é t a p e s p a r lesquelles c e t t e
i n q u i é t u d e s'était t r a n s f o r m é e e n angoisse. O n a s s i s t e à ces a l t e r n a t i v e s d e
joie, d e c r a i n t e e t parfois d e v é r i t a b l e colère. On sait q u ' a u c o u r s d ' u n e
c r i s e n e r v e u s e , il d é t r u i s i t d e n o m b r e u s e s toiles.
Ces l e t t r e s s o n t p a s s i o n n a n t e s c a r elles r é v è l e n t les t r o u b l e s colorés q u e
r e s s e n t a i t é g a l e m e n t le p e i n t r e privé b r u s q u e m e n t de son cristallin. Cette
a n o m a l i e de la vision des c o u l e u r s qu'il r e s s e n t a i t avec u n e i n t e n s i t é par-
t i c u l i è r e le fit p a s s e r p a r des p é r i o d e s différentes ; d e l ' é r y t h r o p s i e p r é
o p é r a t o i r e , il voit b r u s q u e m e n t faire i r r u p t i o n t o u s les violets et u l t r a -
violets i n t e n s e s . C e t t e p é r i o d e b l e u d ' a z u r est s u r t o u t é v i d e n t e a p r è s la
d e u x i è m e i n t e r v e n t i o n , l o r s q u e l'incision d e la c a p s u l e p o s t é r i e u r e d u cristal-
lin a u g m e n t e e n c o r e la n e t t e t é d e la p e r c e p t i o n . M o n e t c e r t e s est satisfait
d'avoir r é c u p é r é u n e s e n s a t i o n m o r p h o l o g i q u e e x a c t e des l e t t r e s et des
o b j e t s a u t o u r d e lui, m a i s p e r s i s t e l o n g t e m p s ce t r o u b l e c o l o r é q u e l'on
essaie d ' a t t é n u e r p a r t o u t e s s o r t e s d e v e r r e s colorés, q u e ce soit p e n d a n t la
p é r i o d e o ù Coutela lui p r e s c r i v i t les p r e m i e r s v e r r e s , o u p e n d a n t la p é r i o d e
M a w a s , c o r r e s p o n d a n t en 1924 a u x v e r r e s Zeiss. A u c u n n ' e s t e n définitive
b i e n a c c e p t é , M o n e t e n r e v i e n t t o u j o u r s a u x v e r r e s b l a n c s o r d i n a i r e s .
Enfin, a p r è s d e u x a n s d e r é c r i m i n a t i o n s q u a s i c o n t i n u e l l e s , il a r r i v e a l o r s
u n e p é r i o d e o ù il s e m b l e s ' a c c o u t u m e r à sa vision et t r o u v e u n n o u v e l équi-
l i b r e à sa p a l e t t e . Ce n ' e s t d'ailleurs q u ' u n p i s aller et il e x p r i m e d a n s
c e r t a i n e s l e t t r e s s o n d é s a r r o i p r o f o n d d e v a n t c e t t e s i t u a t i o n .
Ceci est i m p o r t a n t a u p o i n t d e vue g é n é r a l , c a r M o n e t est p a s s é p a r d e u x
p é r i o d e s successives : d e q u a s i aveugle, il a r é c u p é r é u n e vision des f o r m e s ,
p u i s u n e c e r t a i n e vision colorée. Si o n c o m p a r e sa s i t u a t i o n p e r s o n n e l l e avec
celle d e n o m b r e u x p e i n t r e s i m p r e s s i o n n i s t e s , on voit la différence avec eux,
c a r ce q u i f r a p p e l ' o p h t a l m o l o g i s t e , c'est la cécité p r o g r e s s i v e et i r r é c u p é -
r a b l e q u i a t t e i n t b e a u c o u p d ' e n t r e eux : Renoir, P i s s a r o , Cézanne, Degas,
d a n s la d e r n i è r e p é r i o d e d e l e u r vie, d e v i n r e n t q u a s i aveugles et c o n t i n u è r e n t
à p e i n d r e s a n s se p o s e r t r o p d e q u e s t i o n s s u r l e u r a n o m a l i e visuelle.
L o r s q u ' o n e x a m i n e la d e r n i è r e p é r i o d e de l e u r vie et l o r s q u ' o n la c o m p a r e
à l e u r s p r e m i è r e s r é a l i s a t i o n s , o n est f r a p p é p a r l ' a b s e n c e t o t a l e d u souci
des f o r m e s ; c e r t a i n s o n t v o u l u y voir u n e é t a p e s u p p l é m e n t a i r e d a n s la
q u a l i t é et u n a b o u t i s s e m e n t v e r s u n i m p r e s s i o n n i s m e t o t a l . C o m m e n t
l ' o p h t a l m o l o g i s t e n e considérerait-il p a s a u t r e m e n t le p r o b l è m e et n e ver-
rait-il p a s u n r a p p o r t e n t r e l e u r a m b l y o p i e p r o f o n d e et c e t t e d e r n i è r e é t a p e
p i c t u r a l e de l e u r vie ?
Lettre du 13 septembre 1922
Il s'agit d e l ' e u p h t a l m i n e , v a s o - d i l a t a t e u r léger utilisé p e n d a n t l o n g t e m p s
c o m m e m y d r i a t i q u e chez les s u j e t s a t t e i n t s de c a t a r a c t e . C'est u n médica-
m e n t q u i p e u t ê t r e d a n g e r e u x si le sujet est a t t e i n t d e g l a u c o m e ; M o n e t
l'utilisa p e n d a n t l o n g t e m p s . On p e u t d o n c d i r e q u e la c a t a r a c t e d e M o n e t
124
était t o u t à fait s i m p l e ; ce n ' é t a i t p a s u n e c a t a r a c t e c o m p l i q u é e d'hyper-
tonie o c u l a i r e .
Lettre du 20 octobre 1922
M o n e t se r e n d à l'évidence. Les g o u t t e s m i r a c l e n ' e m p ê c h e r o n t p a s
l'échéance c h i r u r g i c a l e .
Celle-ci est v r a i s e m b l a b l e m e n t réalisée le 22 d é c e m b r e 1922 à la clinique
de Neuilly.
Coutela en d o n n e le p r o t o c o l e s u i v a n t : e x t r a c t i o n e x t r a - c a p s u l a i r e avec
lavage des m a s s e s .
C o n t r ô l e le soir m ê m e p u i s q u ' i l n o t a q u e la c h a m b r e a n t é r i e u r e d e l'œil
s'était r e f o r m é e . Ceci laisse s u p p o s e r qu'il n e p l a ç a p a s d e s u t u r e c o r n é e n n e ,
o u s e u l e m e n t u n e seule s u t u r e .
Il n e faut p a s o u b l i e r q u ' à c e t t e é p o q u e l ' a n e s t h é s i e é t a i t u n e seule
a n e s t h é s i e d e surface p a r la cocaïne.
Le p a n s e m e n t o c u l a i r e b i l a t é r a l é t a i t m a i n t e n u 10 j o u r s , s a n s m o b i l i s e r
le m a l a d e d e s o n lit.
Il é t a i t d o n c n é c e s s a i r e d ' o p é r e r r a p i d e m e n t , c a r le m a l a d e avait t o u j o u r s
t e n d a n c e à réagir a u x différents t e m p s de l ' o p é r a t i o n .
Lettre du 9 avril 1923
Il est v r a i s e m b l a b l e q u e la c a t a r a c t e s e c o n d a i r e se soit d é v e l o p p é e et q u e
la vision d e Claude M o n e t b a i s s e r a p i d e m e n t . Le d o c t e u r Coutela a d û v e n i r
c e r t a i n e m e n t e n t r e le 9 avril et le 15 j u i n .
Lettre du 22 juin 1923
Six m o i s a p r è s l ' o p é r a t i o n . Cette l e t t r e est u n v é r i t a b l e cri de d é s e s p o i r .
Elle s e r a h e u r e u s e m e n t t e m p é r é e p a r la l e t t r e s u i v a n t e .
Il s'agit alors de l'incision d e la c a p s u l e p o s t é r i e u r e q u i s e r a réalisée le
17 juillet 1923.
Lettre du 29 août 1923
S o u v e n t les o p é r é s d e c a t a r a c t e q u i s o n t gênés p a r la vision d e l ' a u t r e
œil c a c h e n t l'œil n o n o p é r é p a r u n o b t u r a t e u r .
S u r la d e r n i è r e p h o t o g r a p h i e q u e l'on p o s s è d e , o n le voit t o u j o u r s avec
le c a c h e s u r l'œil g a u c h e .
A p a r t i r d e 1924, s u r les conseils d u p e i n t r e B a r b i e r , le d o c t e u r J. M a w a s
p r o p o s a d ' a d a p t e r à M o n e t des l u n e t t e s spéciales Zeiss et il en r é s u l t a t u n e
a m é l i o r a t i o n p a s s a g è r e .
C l e m e n c e a u p r i t assez m a l c e t t e c o n s u l t a t i o n d ' u n a u t r e confrère.
125
Q u a n t au d o c t e u r Coutela, il i n t e r r o m p i t p a s s a g è r e m e n t sa c o r r e s p o n -
d a n c e avec Monet, d'où les l e t t r e s s u i v a n t e s .
Les q u e l q u e s l e t t r e s a d r e s s é e s a u d o c t e u r M a w a s , a p r è s u n e p é r i o d e d e
satisfaction, e x p r i m e n t elles a u s s i d e p r o f o n d s r e g r e t s .
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Blanche Hoschedé-Monet.
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tylographiée, anc. coll. Blanche Hoschedé-Monet.
Paroles de Monet rapportées p a r le professeur Mawas et citées p a r M. Ditière, op. cit.,
p . 31.
Lettre de Clemenceau à Monet. Paris, 7 janv. 1925. Copie dactylographiée, anc. coll.
Blanche Hoschedé-Monet.
Monet à Barbier. Giverny, 17 juillet 1925, Cité p a r Jean-Pierre Hoschedé dans « Claude
Monet, ce m a l connu ». Genève, 1960, I, p . 151, et dans « Blanche Hoschedé-Monet »,
Rouen, 1961, p . 16-17.
Lettre de Clemenceau à Monet. Saint-Vincent-sur-Jard, 19 août 1925, copie dactylogra
phiée, anc. coll. Blanche Hoschedé-Monet.
Lettre de Monet à Paul Léon. Giverny, 4 oct. 1926, don de M. J.-P. Léon à l'Académie des
beaux-arts, musée M a r m o t t a n , Paris,
Lettre de Clemenceau à Blanche Hoschedé-Monet. Paris, 18 oct. 1926, r e p r o d u i t e p a r J.-P.
Hoschedé dans « Blanche Hoschedé-Monet », p . 50.
126
Lettres de Claude Monet au docteur Coutela (13 sept. 1922... 4 janvier 1926). Documents
originaux S.F.O.
Lettres de G. Clemenceau au docteur Coutela (26 févr. 1923, 29 août 1923 et 8 sept. 1923).
Documents originaux, Dr P. Amalric.
The Metropolitan Museum of Art : « Monet à Giverny : au-delà de l'Impressionnisme ».
H a r r y N. Abrams, Inc. Publ., Copyright, 1978, by t h e Metropolitan Museum of Art.
MOREAU P.G. — « La cataracte de Claude Monet ». L'Ophtalmologie des origines à nos
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